23.7.12

Memória e enredos

Ao rever filmes, sempre constato duas coisas: (1) eu não lembro nada de enredo em filmes ou em livros; (2) isso deve dizer algo importante sobre a minha percepção da vida, das histórias e das pessoas que não me lembro se morreram, se já passaram antes ou depois do trem. 

Se isto é bom ou ruim, Freud jamais me confirmaria. A psicanálise vence por essas coisas, por te afundar mais em um mundo onde suas histórias pessoais e ficcionais são tão desordenadas como um redemoinho onde tudo se mistura e sua mente só se sai com passagens de ida, interrompidas por estações abandonadas ou turbulências desagradáveis. Não gostaria de ser assim, mas aprendi a aceitar o infortúnio mental.